A série carro-chefe Pura 70 lançada oficialmente pela Huawei também apresenta o novo Kirin 9010 da empresa, um SoC de 12 núcleos que oferece uma série de melhorias em relação ao seu antecessor, o Kirin 9000S do ano passado. No entanto, no que diz respeito à litografia, o Kirin 9010 e o Kirin 9000S são praticamente idênticos, com uma desmontagem revelando que a Huawei manteve o processo de 7nm da SMIC para produzir em massa o seu mais recente SoC.
A falta de maquinário de fabricação avançado impediu a Huawei de criar um chip Kirin de 5nm de ‘próxima geração’ para a linha Pura 70, mas pode chegar com a série Mate 70 ainda este ano.
Embora o Kirin 9010 seja considerado o sucessor direto do Kirin 9000S, a TechInsights revelou em sua última desmontagem do Pura 70 Ultra que o chipset mantém o mesmo nó de 7 nm da SMIC, o maior fabricante de semicondutores da China. Anteriormente, acreditávamos que a Huawei não tinha outra escolha senão reutilizar esta tecnologia porque a SMIC estava supostamente estabelecendo novas linhas de produção para fabricar em massa wafers de 5 nm no final do ano.
Isso significava que o Kirin 9010 precisaria ser adiado para usar o processo de 5 nm, ou a Huawei recorreria ao mesmo nó de 7 nm, o que significa que teria que ajustar fortemente o SoC e diferenciá-lo do Kirin 9000S em desempenho e eficiência. Felizmente, a Huawei melhorou consideravelmente o Kirin 9010, mas apenas quando comparado ao chipset anterior da empresa. Contra a concorrência, uma série de testes revelou que o Kirin 9010 oferece desempenho mais lento do que o Snapdragon 8 Plus Gen 1 da Qualcomm, consumindo 30% mais energia, tudo graças ao uso de uma arquitetura menos eficiente.
Graças à proibição de controle de exportação dos EUA, a Huawei não tem acesso à geração atual e aos nós mais antigos da TSMC, e agora só pode contar com o SMIC. Infelizmente, isso não resolverá o problema maior. ASML, a empresa holandesa que fornece máquinas EUV de ponta para clientes em todo o mundo, incluindo a TSMC, foi impedida de vender qualquer equipamento a entidades chinesas, forçando a SMIC a redirecionar seu hardware DUV mais antigo.
Embora a produção em massa de um chipset Kirin de 5 nm seja possível, um relatório anterior afirmou que os preços dos chips poderiam ser até 50 por cento mais altos do que os da TSMC na mesma litografia. Independentemente disso, o fato de a Huawei ter perseverado e produzido o Kirin 9010 com a proibição comercial em vigor é um milagre por si só, então é provável que em breve a empresa encontre alguma maneira de produzir em massa um SoC de 5 nm para o próximo Mate 70. Series.
Fonte de notícias: TechInsights
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